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Terceira idade: Como abordar essa parte do mercado?

A população brasileira está envelhecendo, seguindo uma tendência mundial. As projeções são que até 2060, o país terá mais idosos do que jovens. Para os profissionais de marketing, é preciso pensar no poder de compra da terceira idade, que já é alto hoje. Segundo uma pesquisa do SPC, os idosos têm desejos de comprar produtos que demandam um alto potencial financeiro. 

Neste post, vamos falar um pouco sobre a terceira idade e essa parcela da população extremamente importante do ponto de vista do consumo. Afinal, olhar para os jovens ajuda a conhecer as tendências do futuro, mas olhar para os idosos visa conquistar quem tem dinheiro hoje. Continue lendo e entenda por que e como abordar esse público. 

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A inclusão digital da terceira idade

O estereótipo, e a falácia, de que a internet é coisa de jovem já caiu há muito tempo. Primeiramente, a participação dos idosos nas redes sociais é enorme, com 1 em cada 10 usando hoje e a previsão de 1 em cada 3 usando até 2060. Além disso, 1/4 dos brasileiros acima de 60 anos estão conectados

Sob o ponto de vista do consumo, esse público também marca uma forte presença. Na Black Friday de 2018, por exemplo, os idosos compraram 1.4 vezes celulares a mais que os jovens

Evidentemente, a pandemia foi mais uma vez um grande acelerador de tendências. Como parte do grupo com maior risco, os idosos precisaram se preocupar ainda mais com a pandemia, dependendo quase 100% do meio digital. Não é à toa que pesquisas sobre “como fazer compras online” cresceram 198% no Brasil. Grandes bancos, por exemplo, prepararam vídeos tutoriais ensinando o público a usar o aplicativo. 

Como os profissionais de marketing devem lidar com a terceira idade?

Essa presença crescente da terceira idade no mercado leva os profissionais de marketing a olhar esse público com cada vez mais carinho. Porém, ao parar para pensar bem, grande parte da publicidade é para a parcela mais jovem da população. Logo, existe um ótimo potencial que muitas vezes não é bem aproveitado. Na prática, fazer marketing para idosos não é muito diferente do marketing para qualquer outra faixa etária, é preciso apenas algumas adaptações simples.

Idoso não é tudo igual

É claro que existem certos interesses que os idosos têm em comum, mas é um erro colocar todas as pessoas com mais de 60 anos em um único grupo. Assim como para qualquer faixa etária, é preciso pensar bem no conceito da persona, de modo a trabalhar uma comunicação que seja efetiva com o seu público-alvo de fato. Conheça suas motivações, suas dores e como o seu produto ou serviço pode resolvê-las. 

Qualquer pessoa pode querer um determinado produto, mas o motivo pelos quais ela quer ou critério de compra que vai usar muda bastante. É isso que você precisa descobrir. 

Mantenha a simplicidade

Outra dica importante para todas as idades, mas ainda mais crucial para esse grupo. O usuário de internet da terceira não gosta de enrolação, o que significa que é preciso ir muito bem ao ponto. É importante evitar gírias ou uma linguagem muito jovem, já que esse público pode não gostar. 

Também é importante manter as coisas simples do ponto de vista da usabilidade. Letras e avisos grandes facilitam a leitura, por exemplo. Quanto à usabilidade, a ideia é criar caminhos curtos e não ter medo de dizer o óbvio. Descrever exatamente a ação que o usuário precisa fazer é uma ótima dica para todas as idades, já que todo mundo quer a instrução mais clara possível. 

É indiscutível que a população mais idosa está bem conectada, como vimos acima, mas também é fato que eles não cresceram com o smartphone, o que significa que nem tudo é tão intuitivo assim. 

Foque em construir lealdade

Essa é mais uma característica do consumidor que é ampliada no idoso. Esse grupo é mais propenso a ser leal às marcas, o que significa que é essencial conquistar sua confiança, tanto para fidelizá-los ou atraí-los a fazer uma mudança. 

Mais uma vez, não é preciso fazer nada muito diferente do que você faz com qualquer faixa etária. Foque sempre nos benefícios do produto ou serviço, realçando como eles podem ajudar a resolver o problema da persona. Evite focar apenas em preço ou em números que não farão muito sentido para quem é leigo. 

Algo que sempre é muito eficiente é a prova social. Outras pessoas que usam o seu produto ou serviço, trazem mais credibilidade a ele, além de identificação com os clientes que tiveram o mesmo problema. Portanto, garanta que você tenha depoimentos de outros idosos para representar esses consumidores. 

Entregue algo familiar

O público sempre gosta de algo que é familiar para ele. No caso da terceira idade, como vimos acima, essa parcela dos consumidores não cresceu em um ambiente digital, o que significa que estão acostumados com as coisas feitas de uma certa forma. Personalize o atendimento com um serviço que seja muito próximo e pouco automatizado. É sempre preferível ter uma pessoa no telefone, com liberdade para atender com calma, do que um robô. 

Outra forma de entregar algo familiar para eles é fugir um pouco do 100% digital. Catálogos, revistas e outros tipos de mídias mais tradicionais ainda funcionam muito bem com essa audiência. O objetivo é ter uma experiência omnichannel, mantendo a mensagem simples e fácil de agir. 

Fazer marketing para a terceira idade não é nenhum mistério. Afinal, como vimos acima, grande parte das estratégias é muito semelhante a qualquer público. O grande erro das marcas é negligenciar essa parcela cada vez mais importante dos consumidores. É importante sempre ficar de olho em quem é seu público. Afinal, quem tem 65 anos hoje nasceu no final dos anos 50, quando o mundo era completamente diferente. 

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