Lei de Proteção de Dados Pessoais no Marketing, estamos preparados?

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A LGPD no Marketing promete mudar a vida de praticamente todos os profissionais do setor. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais foi aprovada em 2018, e estava prevista para entrar em vigor em agosto de 2020. Porém, por conta de dificuldades e tramitações legais, sem falar na pandemia, esses prazos foram alterados. 

A Lei, resumidamente, regula toda a jornada dos dados pessoais dentro de uma empresa, desde como eles são coletados, passando pelo seu armazenamento e uso. Como os dados são essenciais para as estratégias de Marketing, é preciso uma atenção muito grande a esse assunto pelos profissionais. 

Então, é isso que veremos nesse post. Continue lendo e entenda como a LGPD impacta as estratégias de Marketing Digital e quais são as melhores práticas

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Como a LGPD no Marketing impacta as estratégias? 

Antes de mais nada, é preciso entender um pouco sobre o prazo da LGPD. Ela está muito próxima de entrar em vigor, faltando apenas a sanção do presidente. Porém, como esse novo prazo pegou muita gente de surpresa, especialmente enquanto as empresas se recuperam da pandemia, multas e punições só devem ser aplicadas em 2021. É uma ótima notícia, já que ainda existe tempo para se adequar à lei. 

Então, o que a LGPD quer fazer? 

Para responder essa pergunta é preciso entender melhor o objetivo da LGPD. Como mencionado acima, a ideia é garantir a privacidade dos usuários, por meio de um maior controle sobre a manipulação desses dados. Não entraremos nos detalhes da lei, mas existem princípios básicos a obedecer: 

  • os dados devem ser tratados de acordo com sua finalidade;
  • serão coletados e usados apenas os dados necessários;
  • a empresa deve ser totalmente transparente com o usuário, explicando quais dados coletados e por que;
  • o usuário tem livre acesso a esses dados e total poder de mudança. Ou seja, ele pode saber o que a empresa tem e mudar o que desejar;
  • a empresa deve se responsabilizar pelos dados, se focando na segurança e prevenção. 

Afinal, quais são os impactos para seu site? 

A partir dos princípios acima, você deve conseguir imaginar os impactos que a Lei tem no Marketing. Existe muita coisa que precisa mudar para se adequar à nova Lei, de modo a garantir a proteção e evitar as multas, que podem ser bem pesadas. 

Boas práticas a serem adotadas para lidar com a LGPD

Então, vamos ao que interessa. 

Existe um conjunto de boas práticas que podem ser adotadas para se adequar à LGPD no Marketing. Elas podem ser mais simples ou demandar um conhecimento mais técnico. Por isso, o ideal é ter uma equipe ou acesso a uma equipe pronta para lidar com esse desafio. 

Mapeando como os dados são usados na sua empresa

O primeiro passo é olhar para a própria empresa. Nesse passo, você analisa a jornada que os dados dos usuários fazem pela sua empresa, desde o momento que são coletados, passando pelo seu processo e todos que tem contato com ele. Nesse primeiro momento a ideia é apenas mapear a jornada, deixe para fazer os cortes mais para frente. 

Torne o processo o mais enxuto possível

Uma vez que você tenha a jornada traçada, é importante eliminar os excessos. Você realmente precisa de todos os dados que está coletando? Todas as pessoas que interagem com esses dados são necessárias ao processo? Na maioria das vezes a resposta é não, o que significa que é possível fazer cortes. 

Pedindo consentimento e informando o usuário sobre o uso dos dados

A transparência é um dos princípios fundamentais da LGPD, o que significa que você deve informar muito claramente para o usuário sobre a coleta de dados, em qualquer situação. No Marketing, a prática é comum em páginas de contato e na captura de leads, por exemplo. 

Então, o que fazer?

Primeiro, mostre para que você quer usar os dados. É importante fazer isso de maneira clara, transparente e direta, complementando os termos e políticas mais completos, que ninguém lê. Ainda assim, é necessário incluir links clicáveis que levam para as políticas de privacidade e termos de consentimento em outra página. 

Logo, se você pede consentimento, coloque um link para sua política de privacidade, mas também use uma frase simples para o usuário como “Aceito em receber nesse e-mail ofertas e mensagens de acordo com meu interesse”. Pronto. Essa mensagem simples indica o que o usuário pode esperar e para que você quer usar aquela informação. 

Outra boa dica é que o consentimento seja obrigatório para o usuário seguir adiante, mas as caixas não podem vir pré-marcadas com a opção de que eles concordam. É preciso que o público tenha uma ação clara para aceitar. 

Reforce a segurança do seu site

Como esse é um aspecto mais técnico, o ideal é contar com a ajuda de um especialista. Garanta que o armazenamento dos dados é 100% seguro, de modo a evitar os vazamentos. Um certificado SSL é uma ótima forma de garantir um ambiente seguro. Você também pode usar outras ferramentas, como uma VPN. 

Facilite o processo de descadastro

Lembre-se, o usuário tem total controle sobre seus dados. Mesmo que ele tenha dado consentimento, pode retirá-lo quando quiser, sem motivo ou aviso. Por isso, botões de optout devem ser muito claros e fáceis de achar. Não somente é uma forma de obedecer a LGPD no Marketing, mas também de respeito ao usuário. 

Construa sua base de dados de forma anônima

Se você está construindo uma base de dados para identificar o perfil de seus clientes, não precisa abandonar essa ideia por conta da LGPD no Marketing. As mesmas ideais acima se mantém, da segurança e consentimento, mas é preciso incluir mais uma: a anonimização

Vamos ver como funciona. 

A ideia é que você pode traçar perfis e conhecer a audiência sem quebrar a Lei. O importante é que você tire todas as informações que identificam uma pessoa na sua base. Você pode saber o gênero, idade, região, mas sem conseguir identificar nenhuma pessoa a partir desses dados. Então, você sabe o percentual da sua base que é do sexo masculino, por exemplo. 

Para resumir: 

Se você quer estar em conformidade com a LGPD no Marketing precisa se atentar aos seguintes pontos: 

  • consentimento do usuário para o uso de seus dados;
  • total transparência com os motivos para o uso dos dados, de forma simples, direta e clara;
  • se o usuário não concordar, não usar seus dados;
  • dar poder ao usuário de consultar e revogar o uso dos dados de forma fácil, a qualquer momento;
  • usar ferramentas de segurança para evitar vazamentos e ataques de hackers;
  • garantir um fluxo de dados claro, com todos os envolvidos conhecidos. 

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