Orgulho LGBTQI+: Como as marcas podem participar dessa conversa?

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Mês do orgulho LGBTQI+

Junho marca o dia e mês internacional do orgulho LGBTQI+. Como já falamos bastante aqui no blog, cada vez mais o público interage apenas com as marcas que compartilham seus valores. Por isso, conversar com essa comunidade não significa apenas atraí-los, mas também todas as outras pessoas que têm os mesmos valores e respeitam seus direitos. 

Por outro lado, as marcas precisam mostrar que realmente têm esses valores na organização. Portanto, não adianta apenas aproveitar o mês de junho para colocar a bandeira que representa o movimento nas redes sociais. Por isso, é preciso realizar essas ações todos os dias, ao longo do ano. 

Neste post, você vai entender um pouco mais sobre o papel das empresas na conversa sobre orgulho LGBTQI+ e como fazer isso sem parecer que quer apenas se aproveitar da situação. 

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O que o público espera das marcas em relação a esse assunto? 

Ainda não existe uma afirmativa concreta do tamanho da população LGBTQI+ no Brasil. Na verdade, pela primeira vez, o Senado estuda colocar perguntas referentes a identidade de gênero e orientação sexual no Censo, que foi adiado de 2020 para este ano. 

Mesmo sem números concretos, faz sentido assumir que a parcela da população é considerável. Por isso, é difícil resumir a expectativa que a comunidade tem em relação às marcas, já que existem muitas questões individuais que as marcas devem considerar. Contudo, existem temas que são prioridade: 

  • mais visibilidade para o público LGBTQI+ e todas as suas demandas sociais;
  • naturalização em relação a presença de pessoas e relacionamentos LGBTQI+ dentro da sociedade;
  • combate a discriminação e conscientização do público em relação aos problemas que essa comunidade enfrenta;
  • promover inclusão social, tanto por meio do discurso quanto das oportunidades;
  • apoio a instituições que lutam por essas causas. 

Como as marcas podem conversar com esse público? 

Tomando os tópicos acima como um bom ponto de partida, existem algumas dicas que podem ajudar a tornar essa conversa mais eficiente. 

Dê uma voz ao público LGBTQI+

Antes de mais nada, é sempre importante ter alguém na sala que realmente entenda esse público. Porque, ao longo dos anos, essa comunidade sofre com muitos preconceitos e estereótipos que podem ser ofensivos e que as pessoas lutam bastante para quebrar. Se você não tem tanta familiaridade com esse grupo, é fundamental conhecê-lo bem, assim como qualquer outra característica da sua persona. 

Vale sempre a pena se esforçar para trazer mais diversidade para os colaboradores da empresa, por exemplo. Além disso, fazer pesquisas, enquetes, acompanhar notícias também são formas de se aproximar dessa realidade. 

Entenda que esse público é diversificado

Um erro que marcas, e pessoas, cometem é tratar todos nessa comunidade da mesma forma. Pois, cada pessoa lida com a sua sexualidade e identidade de gênero de uma forma única, isso sem falar das diferentes classes econômicas, etnias, religiões, localização geográfica, idade, hábitos de compra, e inúmeras outras características. 

Existem inúmeras características que compõem uma pessoa e se as marcas reduzirem seu discurso ao tratar todos a partir de um estereótipo ou por padrões convencionais que acreditam ser reais, podem afastar o público. 

Não deixe que a mensagem pareça oportunista

Existe uma grande parcela da comunidade e de pessoas que a apoiam que são muito ligados no que as marcas dizem sobre o assunto. Por exemplo, durante o mês de junho praticamente todas as empresas colocam a bandeira do movimento nas redes sociais. Mas, se é só isso que a organização faz, o público percebe e se afasta. 

Portanto, é preciso que a mensagem de pró diversidade seja bem genuína e com as ações que a empresa faz ao longo de todo o ano para representá-la. 

Exemplos de ações LGBTQI+

No mercado, você encontra diversas ações de marketing muito poderosas, que ajudam não somente a se conectar com esse público, mas também a tornar o mundo melhor, mais diverso e mais tolerante. Confira alguns exemplos. 

Ad Council

Uma das campanhas mais famosas é a Love has no labels do Ad Council nos Estados Unidos. As famosas câmeras do beijo são muito populares nos estádios e ginásios de esportes americanos. A ideia do anúncio é incluir beijos de casais de gêneros, etnias e orientações diferentes

Mercado Livre

O ML tem outro ótimo exemplo de propaganda sobre o assunto. O anúncio dos dia das mães de 2018 mostra uma menina contando para as amigas sobre a sua mãe, sendo que no final é revelado que ela tem duas mães. É um anúncio bem importante, mostrando os diferentes tipos de família

O Boticário

O dia dos namorados do Boticário foi uma ação interessante. Nessa propaganda, vemos três casais se preparando para comemorar o dia, sendo que um é hetero e dois são homossexuais. A propaganda chegou a ir para o Conar por “desrespeito a família brasileira”, mas foi ao ar e ganhou prêmios. 

Coca-cola

A propaganda pool boy da Coca-Cola utilizou uma comunicação em um estilo diferente, mais leve e cômico. Não é uma propaganda que aborda diretamente nenhum problema que essa comunidade enfrenta e não tem o tom sério e emocional das outras que vimos acima. Porém, dentro dela ainda existe uma grande mensagem de diversidade e normalização das diferenças entregue de forma bem eficiente. 

A empresa de bebidas já tem um histórico de ações sobre o tema. A latinha com a mensagem “essa coca-cola é fanta, e daí?” faz uma referência a piada homofóbica que era bem popular no Brasil. É esse tipo de discurso constante e contínuo que mostra como a empresa realmente se importa com o tema. 

A verdade é que não é tão fácil fazer uma boa comunicação com esse público. A nossa sociedade, especialmente no Brasil, é historicamente bem conservadora, o que significa que existem diversos preconceitos e estereótipos enraizados no nosso consciente. Por isso, mesmo com uma boa intenção, a mensagem ainda pode ter um tom equivocado. O segredo para resolver esse problema é a comunicação, seja montando uma equipe diversa na organização ou simplesmente ouvindo as dores do público em relação ao tema. 

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